Introdução

Cirurgia Plástica

Introdução

Ao iniciar sua busca por satisfação se faz mister que siga alguns passos fundamentais, que quando não devidamente seguidos, podem te gerar dúvidas e até mesmo transformar o seu desejo primário em insatisfação permanente. Leia atentamente os sete passos para uma cirurgia feliz:

O primeiro passo para realizar uma cirurgia é o de realmente sentir-se insatisfeita(o) com algo em seu corpo. Nunca alguém deve fazer uma cirurgia simplesmente pela vontade de terceiros, ou porque alguém pensa que você ficaria melhor com uma cirurgia. Jamais deve-se fazer uma cirurgia porque “TODO MUNDO ESTÁ FAZENDO”. O sentimento de necessidade deve ser seu.

O segundo passo é o de procurar um cirurgião plástico. Sempre vai haver uma amiga(o) que indique um profissional. Também no seu caderno de referência do plano de saúde podem ser encontrados. Seu médico de família, ginecologista ou outros também podem te informar mas o fundamental nestes casos é saber se aquele que você vai procurar é ou não um profissional com formação. Os órgãos que podem te esclarecer sobre isto são o Conselho Regional de Medicina e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Quando certo de que aquele profissional tem qualificação por estes órgãos, você já pode marcar sua consulta.

O terceiro passo portanto é a consulta com o cirurgião de sua escolha. Procure aí demonstrar o que te aflige, sem meias palavras. Demonstre aquilo que te desagrada e o que você gostaria que fosse feito. Não poupe perguntas.

Neste instante é importante lembrar:

  • O cirurgião plástico não faz milagres. Cada paciente tem um corpo e cada resultado vai ser diferente.
  • O cirurgião plástico tem limite de cirurgias que pode executar. Não queira resolver todos os problemas que vê de uma só vez.
  • Sempre haverá cicatriz, maior ou menor, mais ou menos perceptível, dependendo da gravidade do problema que se apresenta.
  • Cirurgia plástica não é algo que está fora da arte médica. Apesar de bastante segura, todos os problemas que acontecem nas demais áreas cirúrgicas também podem acontecer conosco, por exemplo: Infecção, inflamação, alergias, dor, inchaço…
  • Fora você mesma, o seu cirurgião é o maior interessado que você tenha um bom resultado, ele fará todo o possível para que você fique satisfeita.
  • Procure esclarecer pontos sobre anestesia. Caso ainda fique em dúvida agende uma consulta com o anestesista. Ele vai ficar muito contente em explicar detalhes do procedimento.
  • Questione a evolução pós operatória. O que você deve ou não fazer e o que você vai ou não sentir no pós operatório.
  • Nunca julgue um cirurgião apenas por um resultado. Sempre deve-se comparar o antes e o depois de vários pacientes. Um eventual mau resultado pode advir de problemas de cicatrização individual, por falta de repouso do paciente, ou por problemas extrínsecos como infecção hospitalar. Procure sentir o grau de satisfação dos pacientes na sala de espera.
  • Caso você não tenha ficado satisfeita(o) com o atendimento do cirurgião, como nas seguintes situações: ele foi rápido demais, não tem segurança no que fala, não responde aos questionamentos, não te dá atenção, quer fazer muitas outras cirurgias as quais você não deseja… Procure outro profissional!
  • Se ficar em dúvidas sobre o  BENEFÍCIO que o procedimento pode te oferecer, não se submeta à cirurgias. Você certamente não está preparada(o).

O quarto passo é a realização dos exames pré operatórios. O seu cirurgião solicitará diversos exames para saber se você está pronto para a cirurgia proposta. Os exames mais comumente pedidos para as diversas cirurgias estão listados abaixo. Lembre que os exames podem variar dependendo da necessidade.

O quinto passo é mostrar os exames pré operatórios. Caso ainda restem dúvidas, tire-as neste instante. É hora também de agendar a sua cirurgia. Procure uma data que seja conveniente e que dificilmente você cancelaria por algum motivo. Marcar e remarcar uma cirurgia gera ansiedade para o paciente e para o cirurgião. Caso tenha de remarcar sua cirurgia ligue diretamente para o cirurgião e resuma os fatos que te levaram a isto; evite deixar recado com as secretárias.

O sexto passo talvez seja o mais difícil de ser dado. Evite comentários sobre a sua cirurgia. Muitas pessoas por preconceito ou inveja podem te falar um sem número de impropérides sobre a cirurgia que você deseja realizar. Tentam te desanimar relatando fatos como: “a amiga de uma amiga de uma prima de minha amiga teve um problemão com essa cirurgia…“, ou assim “ essa cirurgia é muito perigosa, muita gente anda morrendo por aí… “. Evite as pessoas de mau agouro. Comente o fato com sua família e com os amigos próximos. Não aceite palpites de leigos.

O sétimo e último passo é a internação. Chegue no hospital ou clínica no horário estipulado. Evite levar objetos de valor. Leve o estritamente necessário, como documentos. Se informe sobre a roupa que deverá vestir quando for sair do hospital. Lembre de levar, caso seja solicitado, malhas compressivas, faixas, etc. Interne em jejum conforme orientação ( o jejum é para sólido , líquidos e não se deve chupar balas ou mascar chicletes ). Qualquer depilação deverá se feita pelo menos cinco dias antes da cirurgia; caso não haja tempo os pelos serão aparados na hora da cirurgia. Sempre leve um acompanhante mas, evite muitos. Lembre ao acompanhante que o tempo que você vai ficar no centro cirúrgico é muito maior que a duração da cirurgia, pois haverá a recuperação pós anestésica. Procure ficar tranqüila(o), pois você já seguiu todos os passos do caminho.

O conhecimento e o entendimento das informações abaixo mencionadas são muito importantes antes da realização de qualquer Cirurgia Plástica. Estas informações poderão servir como um “MANUAL DE CABECEIRA”, caso você venha a se operar, recordando-lhe as instruções fornecidas durante a primeira consulta.

As condutas propostas serão conduzidas de acordo com os princípios éticos básicos de respeito pelo ser humano, da minimização de resultados insatisfatórios ou não desejados, dentro de uma conduta adequada e cientificamente aceita.

Existem alguns fatores na evolução da cirurgia que não dependem da atenção do cirurgião plástico, e, portanto, “não lhe será possível garantir resultados”. Assim, por exemplo, a qualidade de cicatrização que o(a) paciente irá apresentar está intimamente ligada a fatores hereditários e hormonais, além de outros elementos, que poderão influenciar no resultado final de uma cirurgia, sem que o cirurgião possa interferir.

Como resultado da cirurgia existirá uma ou mais cicatrizes, que serão permanentes. Todos os esforços serão feitos para torná-la(s) o menos evidente possível. Uma técnica apurada e cientificamente aceita poderá colaborar no sentido de minimizar diversas dessas situações. A colaboração plena do(a) paciente, através do seguimento das instruções dadas pelo cirurgião, no pós-operatório também se reveste de grande importância na obtenção do resultado.

As cicatrizes são conseqüência da cirurgia, portanto, pondere bastante quanto à conveniência de conviver com elas após a cirurgia: elas nada mais são do que indícios deixados em lugar de outro defeito anteriormente existente na região operada. Se houver uma evolução desfavorável da cicatriz, desde que a intervenção tenha sido realizada sob padrões técnicos, cientificamente aceitos, deverá ser investigado se o seu organismo é que não reagiu como se esperava. Outro fator importante quanto às cicatrizes e a sua evolução. Três períodos caracterizam o processo de maturação de uma cicatriz (períodos esses que poderão variar de tempo, dependendo de fatores individuais como: a região operada, espessura da pele, substâncias tóxicas, hormônios etc.)

O período imediato vai até o 30º dia após a cirurgia;

O período mediato vai do 30º dia até o 8º ou 12º mês;

O período tardio, após o 12º mês. Apesar da maioria já apresentar cicatrizes maduras nos 12 primeiros meses, alguns(as) pacientes apresentam modificações do aspecto cicatricial até mesmo após o 18º mês.

É importante o esclarecimento, ainda, sobre os seguintes pontos:

Poderá haver inchaço na área operada que, eventualmente, permanecerá por semanas, menos freqüentemente por meses e, apesar de raro, poderá ser permanente.

Poderá haver alteração da pigmentação cutânea com aparecimento de manchas ou descoloração nas áreas operadas que poderão permanecer por alguns dias, semanas, menos freqüentemente por meses e raramente permanentes.

A ação solar ou a iluminação fluorescente poderão ser prejudiciais, no período pós-operatório.

Poderá haver líquidos, sangue e/ou secreções acumulados nas áreas operadas, requerendo drenagem e/ou curativos cirúrgicos e/ou revisão cirúrgica em uma ou mais oportunidades.

Poderá haver áreas de pele, em maior ou menor extensão, com perda de vitalidade biológica, por redução da circulação sanguínea, acarretando alterações, podendo levar a ulcerações e até necrose de pele, que serão reparáveis através de curativos ou até em novas cirurgias, objetivando resultado o mais próximo possível da normalidade.

Poderá haver áreas de perda de sensibilidade nas partes operadas. Tais alterações poderão ser parciais ou totais por um período indeterminado de tempo e, apesar de raro, poderão ser permanentes.

Poderá haver dor ou prurido (coceira, ardor) no pós-operatório em maior ou menor grau de intensidade por um período de tempo indeterminado.

Ocasionalmente, poderá haver transtornos do comportamento afetivo, em geral, na forma de ansiedade, depressão ou outros estados psicológicos mais complexos.

É certo que tabagismo, uso de tóxicos, drogas e álcool são fatores que eventualmente não impedem a realização de cirurgias, mas podem determinar complicações pós-operatórias.

É sabido que durante o ato operatório existem aspectos que não podem ser previamente identificados e, por isso, eventualmente necessitarão de procedimentos adicionais ou diferentes daqueles inicialmente programados.

Caso haja necessidade de cirurgias complementares para melhorar o resultado obtido ou corrigir um insucesso eventual, está claro que os custos de material, da instituição hospitalar e de anestesia não são de responsabilidade do cirurgião e sim do paciente, mesmo quando não se estabeleçam honorários profissionais.